A escuta que também transforma a terapeuta
- Aline Antunes

- 4 de ago.
- 1 min de leitura
Nem sempre é fácil colocar em palavras o que acontece dentro de uma sessão.
A gente entra com técnica, mas também com presença.
Com teoria, mas também com silêncio.
Com uma escuta que não é apenas ativa, mas afetiva.
E no meio de cada relato que ouvimos, algo em nós também se movimenta.
É um trabalho que exige entrega, mas também limites.
Que pede presença, mas também descanso.
Que nos atravessa, às vezes mais do que gostaríamos de admitir.
A clínica não é palco para respostas prontas.
É território de construção conjunta.
Onde o ritmo da cura é muitas vezes o silêncio, o tempo, o vínculo.
Tem dias em que a gente sai da sessão se perguntando se foi suficiente.
Outros, em que uma pequena mudança no olhar da paciente já nos diz tudo.
E assim seguimos.
Entre dúvidas e potências.
Entre escuta e transformação.
Porque no fim, a clínica não transforma apenas quem chega.
Transforma também quem fica.
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